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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

VIDEOS: ENTREVISTA RARISSIMA - AYN RAND







Ayn Rand certamente vai ser colocada entre as figuras mais importantes da filosofia do século XX e como a mais intransigente e coerente defensora da razão contra as várias formas de irracionalismo, do indivíduo contra as várias formas de coletivismo (social ou estatal), e da liberdade contra todas as formas de servitude. Mas a defesa do indivíduo e da liberdade se encaixam no contexto maior de sua defesa da razão. Na verdade, fazem parte de sua defesa da razão a defesa dos seguintes princípios, sem os quais a razão sossobra:

Realismo, na metafísica: a realidade existe, tem existência objetiva, e tem primazia sobre a consciência que dela tem o homem, ou seja, existe independentemente de ser percebida ou ser conhecida, não sendo, portanto, de maneira alguma, "construída" pela mente humana.

Empirismo, realismo, racionalismo, e objetivismo, na epistemologia: a realidade é cognoscível através dos sentidos e da razão; os sentidos fornecem a matéria prima que a razão identifica, analisa e integra na forma de conceitos, e esse conhecimento conceitual da realidade é objetivo.
Individualismo, egoísmo e racionalismo na ética: O indivíduo é a base de considerações morais, não o social, porque a razão é atributo do indivíduo, e não do coletivo, e é através da razão que o indivíduo define o código de valores que vai determinar sua conduta: um código baseado em seu auto-interesse racional (egoísmo), voltado para a preservação de seu valor supremo, a sua vida como ser racional (e conseqüentemente livre.

Liberalismo "laissez faire" na política: O único propósito defensável de um estado é defender os direitos do indivíduo à vida e à liberdade, protegendo-o contra a violência física, fraudes e quebra de contratos. Suas funções legítimas, portanto, devem se restringir a ser polícia (proteger o indivíduo de quem, dentro de uma unidade política, pode querer violar os seus direitos), ser exército (proteger o indivíduo de ameaças externas) e ser juiz (proteger os contratos e as propriedades do indivíduo contra quebra, fraude, roubo e outras ameaças.

Capitalismo na economia: O capitalismo é o único sistema econômico que preserva todos os outros princípios aqui enunciados; ele possui, portanto, um embasamento moral, e não meramente econômico ou pragmático.
A todo esse conjunto, que forma um dos poucos sistemas integrados e coerentes na filosofia do século XX, Ayn Rand deu o nome de Objetivismo (porque o termo "Racionalismo" já estava desgastado). Vamos discuti-lo em partes.
Mas é importante ressaltar desde já que o tema da razão pervade todos esses sub-temas. A própria Ayn Rand deixa isso claro:
"... Não sou primariamente uma advogada do capitalismo, mas do egoísmo; e não sou primariamente uma advogada do egoísmo, mas da razão. Se alguém reconhece a supremacia da razão e a aplica consistentemente, tudo o mais segue. Isto - a supremacia da razão - foi, é e será a preocupação primária de meu trabalho, e a essência do Objetivismo. ... A razão na epistemologia leva ao egoísmo na ética, que por sua vez leva ao capitalismo na política. A estrutura hierárquica não pode ser invertida, nem pode um nível posterior se sustentar sem o fundamental" [2].
"Não podemos lutar contra o coletivismo, a menos que lutemos contra sua base moral: altruísmo. Não podemos lutar contra o altruísmo, a menos que lutemos contra sua base epistemológica: irracionalismo. Não podemos lutar contra nada - a menos que lutemos por alguma coisa: e aquilo pelo que devemos lutar é a supremacia da razão, e uma visão do homem como ser racional"


FONTE: http://aynrand.com.br/pages/basics.htm

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