HOME

sábado, 4 de junho de 2011

LIVRO - PROMETEU ACORRENTADO

Prometeu deu o fogo aos homens sem a permissão dos deuses do Olimpo. Por isto foi punido por Zeus, condenado a ficar acorrentado a uma rocha no Cáucaso estéril, com uma águia comendo o fígado dele. O fogo para os homens, até aquele momento ‘sem defesas como as crianças’, é símbolo concreto do conhecimento e da sapiência, da Memória: ‘A Mãe operante do coro das musas’. A generosidade e a humanitas do Prometeu, as duas, acabam deixando-lhe subir os sofrimentos, sem poder morrer por causa da sua natureza Titânica. Ele conhece o segredo da próxima queda de Zeus, mas a sua obstinação rebele não lhe deixa revelar, mesmo que desta maneira pudesse ser liberto do sofrimento.
Prometeu fala uma língua que quase ninguém hoje pode entender: o grego antigo, uma língua morta, o eco de um grito mudo de rebelião. Como o eco tem a força de ressonar além da distância, assim as palavras de Prometeu vibram na consciência do público além do sentido.

O Prometeu dos tempos antigos anda por as ilhas sem tempo de todos os lugares, onde há um poder dominante que quer manter os homens na ignorância. Chega até o presente, onde ainda têm heróis que pegam o peso das correntes dos oprimidos: os revolucionares do nosso tempo.





Nenhum comentário:

Postar um comentário